Diga-se de início que o modo como o mundo funciona é extremamente dinâmico e reativo. Acontecimentos geram outros acontecimentos e estão sempre em transformação, ou simplesmente em constante movimento. Um desses casos é o do hip hop, que surgiu no Brasil nos anos 1980 com o intuito de reagir, protestar contra o sistema que agredia a classe mais baixa, que era a situação dos jovens negros e pobres das cidades grandes, principalmente em São Paulo, onde o movimento veio com mais força. Sua origem se deu nos Estados Unidos na década de 1960 com os negros do subúrbio de Nova York, que utilizavam o instrumental africano como base para se fazerem levadas bem fraseadas e de alta expressividade, pois as letras, que em sua maioria também eram de protesto, serviam para amenizar a dor das guerras entre as gangues, serviam de mensagem para outras gangues, e até mesmo delimitar regras na região.
O hip hop divide-se em seis pilares: DJ (Disc Jockey), rap (rhythm and poetry), beatbox, MC (Master of Cerimonies), break dance e grafite. Todas essas expressões representam o movimento hip hop e podem ser executados individualmente ou em diferentes combinações. O que se deve entender é que o hip hop é um movimento, e os pilares suas expressões.
Embora, hoje, as letras do hip hop se voltem mais para o machismo e a pornografia, o movimento tem grande força em todo o mundo. No Brasil, o maior exemplo é o Racionais MC’s, que com suas letras pesadas relatam a realidade em sua mais cruel ferocidade. No Rio de Janeiro existe a CUFa (Central Única das Favelas), que é reconhecida nacionalmente pelas esferas políticas, sociais, esportivas e culturais.
Se o hip hop veio para protestar, seus seguidores vieram para se expressar. Expressar-se é estar apto a lutar por um ideal. Para tal movimento seu ideal é a cidadania. Ser cidadão é estar conectado em todos os tipos de políticas. E estar a par do que os rodeia é se comunicar com a realidade.
Expresse-se...
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